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A partir de 07 de janeiro de 2023, entrará em vigor o Marco Legal da Geração Distribuída, que estabelece um novo patamar para geração de energia limpa no Brasil. Entretanto, a instalação de um sistema solar ligada à rede elétrica antes dessa data garante ao consumidor o cumprimento das leis anteriores e, consequentemente, a isenção de uma nova taxa de uso da rede. Entenda mais sobre esse mercado, os efeitos do novo Marco e o que fazer para aproveitar essa data para converter orçamentos em vendas e fechar 2022 em alta.
A energia solar fotovoltaica é aquela gerada a partir da conversão da energia vinda da luz solar em eletricidade em corrente alternada, possível de se utilizar no nosso dia a dia. Por ser uma energia advinda da radiação e calor solares, sem a combustão de combustíveis fosseis, é considerada uma fonte de energia alternativa, renovável, limpa e sustentável.
O seu funcionamento consiste na instalação de placas solares que captam a luz do sol e a transformam em corrente contínua. Em seguida, a corrente passa por um inversor, onde é transformada em corrente alternada, e assim pode ser utilizada normalmente. Geralmente, os responsáveis pelos sistemas solares fazem o uso direto dessa energia em sua residência, comércio, indústria etc., ou injetam a energia na rede elétrica de uso geral e, por isso, as Unidades Consumidoras (UCs) recebem créditos em sua conta de luz.
O cenário da energia solar fotovoltaica no Brasil está passando por seu melhor momento. Hoje, o país conta com um potencial de geração de 19 GW de energia solar, sendo que em 2020 esse número estava na casa de 8 GW. Apenas de janeiro a setembro, o crescimento foi de 46,1%, cerca de 6 GW. Com esse número, a capacidade da energia gerada por painéis solares ultrapassou a capacidade da Usina Hidrelétrica de Itaipu (14 GW). Ainda assim a energia hídrica continua sendo a principal fonte energética do país, enquanto a solar alcançou o 3° posto.
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Confira a matriz de composição energética do Brasil em 2022:
Para chegar a esta grande capacidade energética, o Brasil conta com mais de 1,2 milhões de sistemas de geração de energia solar instalados, sendo que quase 500 mil são de 2022. Sua distribuição acontece da seguinte forma:
| Residenciais | 78,9% |
| Comércio e Serviço | 11,4% |
| Consumidores rurais | 7,7% |
| Indústrias | 1,7% |
| Poder público | 0,3% |
| Serviços públicos | 0,02% |
| Iluminação pública | 0,005% |
O Brasil é um país equatorial de proporções continentais, o que significa que tem grandes extensões de terra com alto índice de incidência solar. Ainda assim, os painéis solares do país não estão concentrados nas regiões Norte/Nordeste, onde se tem temperaturas mais altas. O município com mais painéis solares no Brasil está justamente na região Sul, com temperaturas mais baixas: Florianópolis, capital de Santa Catarina e ponto turístico no verão. E mesmo no recorte por estados, as regiões sul e sudeste contam mais com mais da metade dos sistemas instalados (57,1%). Logo, existe grande potencial energético a ser explorado nas demais regiões brasileiras, que apresentam maior rentabilidade como apontado pelo “Mapa do Payback”, feito pela Greener, que revela quantos anos demoram para um sistema instalado gerar uma economia equivalente ao dinheiro investido nele. Os cinco estados com menor tempo de payback para sistemas residenciais e comerciais estão no centro-oeste e no nordeste, com menos de 4 anos (residencial) e 3,3 anos (comercial).
| 1 | Florianópolis – SC | 1,7% |
| 2 | Brasília – DF | 1,2% |
| 3 | Cuiabá -MT | 1,0% |
| 4 | Teresina – PI | 1,0% |
| 5 | Rio de Janeiro – RJ | 0,9% |
| 6 | Campo Grande – MS | 0,9% |
| 7 | Fortaleza – CE | 0,9% |
| 8 | Goiânia – GO | 0,8% |
| 9 | Uberlândia – MG | 0,7% |
| 10 | Manaus – AM | 0,5% |
| 1 | Minas Gerais | 1,7% |
| 2 | São Paulo | 1,2% |
| 3 | Rio Grande do Sul | 1,0% |
| 4 | Mato Grosso | 1,0% |
| 5 | Santa Catarina | 0,9% |
| 6 | Goiás | 0,9% |
| 7 | Bahia | 0,9% |
| 8 | Rio de Janeiro | 0,8% |
| 9 | Paraná | 0,7% |
| 10 | Mato Grosso do Sul | 0,5% |
| 1 | Bahia | 3,8 |
| 2 | Mato Grosso | 3,8 |
| 3 | Ceará | 3,9 |
| 4 | Pernambuco | 3,9 |
| 5 | Mato Grosso do Sul | 3,9 |
| 6 | Tocantins | 4,0 |
| 7 | Rio Grande do Norte | 4,1 |
| 8 | Rio de Janeiro | 4,3 |
| 9 | Pará | 4,3 |
| 10 | Amazonas | 4,4 |
O aumento expressivo dos números desse em mercado em 2022 não foi à toa. Fatores como alto custo da energia elétrica no país, redução dos preços das placas e serviços de instalação de energia solar e o aumento das busca por soluções cada vez mais sustentáveis e de energia limpa impulsionaram esse movimento. Porém, uma decisão no âmbito legal catalisou esse movimento.
O Marco Legal da Microgeração e Minigeração Distribuída foi oficializado por meio da Lei 14.300/2022, criada no dia 06 de janeiro de 2022 e publicada no Diário Oficial no dia 07 de janeiro de 2022. A criação do Marco Legal visa consolidar em lei a possibilidade do consumidor de compensar a energia elétrica na sua conta de luz por meio de sistemas de micro ou mini geração distribuída (MMGD). Ao fazer isso, o Brasil fortalece e eleva este mercado para uma posição mais estratégica na sua política nacional, estando um passo à frente no seu processo de transição energética, que visa transformar o setor global de energia de carbono fóssil para carbono zero.
A partir da vigência da Lei, que começa um ano após sua publicação, consumidores que instalarem seus sistemas de energia solar deverão pagar uma compensação pelo uso da rede elétrica de sua região que for utilizar. Ou seja, aqueles que instalarem seus painéis solares até 6 de janeiro de 2023 seguiram cumprindo as regras em vigor até 2045, sem ter de pagar essa nova taxa por 22 anos caso utilize a rede elétrica.
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O edital de convocação de assembleia é o documento que dá o primeiro passo para que uma organização possa tomar decisões em conjunto através de um evento, o mesmo deve ser publicado para que todos os membros de determinado grupo que devam estar presentes tomem ciência.
